14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Pancreatite aguda secundária à hipertrigliceridemia: Relato de caso

Fundamentação/Introdução

Introdução
A pancreatite aguda é uma doença inflamatória, que pode apresentar-se de forma leve ou grave. A hipertrigliceridemia (HTG) é a terceira causa de maior incidência, principalmente em pacientes portadores de hipertrigliceridemia familiar, que se apresentam com frequência com valores de triglicerídeos acima de 1000mg/dl.

Objetivos

Objetivo
O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente jovem, com diagnóstico de pancreatite aguda secundária à HTG, abordando principalmente a importância do controle dos níveis de triglicerídeos.

Delineamento/Métodos

Descrição do Caso
Paciente masculino, 44 anos, natural do Rio de Janeiro, procurou atendimento no serviço de emergência com quadro de dor abdominal em região epigástrica, irradiando para dorso, de forte intensidade, há cerca de 3 horas, após alimentação copiosa. História prévia de pancreatite aguda há 2 anos. Apresenta como comorbidades diabetes tipo 2 e hipertrigliceridemia, em uso de fenofibrato 160mg, atorvastatina 10mg. Nega etilismo. Pai e irmã também portadores de hipertrigliceridemia familiar.
Ao exame físico apresenta-se em bom estado geral, abdome flácido, doloroso à palpação de região epigástrica, sem sinais de irritação peritoneal ou visceromegalias.

Resultados

Os exames laboratoriais evidenciaram amilase de 586 U/L, lipase de 1889 U/L, proteína C reativa de 11,1 mg/dl, colesterol total de 400 mg/dl, HDL-colesterol de 24mg/dl, LDL-colesterol de 138mg/dl VLDL-colesterol de 250mg/dl e triglicerídeos de 1248mg/dl. A tomografia computadorizada de abdome total evidenciou uma heterogenicidade e irregularidade do contorno da cauda do pâncreas, associado a densificação dos planos gordurosos peripancreáticos e infiltração do espaço perirrenal anterior esquerdo, além de esteatose hepática.
O paciente foi internado em enfermaria. Mantido em dieta zero, hidratação venosa, analgesia, suspenso o fenofibrato e iniciado genfibrozila 600mg. Após 72 horas de internação foi observado melhora dos sintomas, queda importante dos valores laboratoriais. Neste período foi reiniciada dieta por via oral, sem intercorrências e com boa aceitação. No quarto dia da internação recebeu alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão
Observamos que pacientes com hipertrigliceridemia familiar apresentam risco elevado para pancreatite aguda recorrente. A mudança do estilo de vida e a terapia farmacológica são fatores de prevenção nesses casos de pancreatite aguda e suas possíveis complicações.

Palavras Chaves

Pancreatite aguda; Hipertrigliceridemia; Hipertrigliceridemia familiar

Área

Clínica Médica

Autores

Bárbara Costa Bracarense, Maria Fernanda Nasser Amoedo, Luisa Adriana Almeida Antunes, Ana Paola Lavigne Safadi, Karoline Sieracki Rede