14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Pneumopatia intersticial aguda induzida por Adalimumabe em paciente com artrite reumatóide: Relato de caso

Fundamentação/Introdução

Novas drogas modificadoras de doença estão sendo usadas para o tratamento da artrite reumatóide, como o Adalimumabe, um agente anti-TNF (Fator de Necrose Tumoral), sendo a pneumonia intersticial aguda um evento raro relacionado à essa medicação.

Objetivos

Neste estudo, relatamos o caso de uma PI (pneumonia intersticial) secundária ao Adalimumabe em paciente com artrite reumatóide.

Delineamento/Métodos

Paciente masculino, 57 anos, com história de dispneia progressiva, tosse seca e febre baixa (37,5-38 ºC) diária após início do uso de Adalimumabe. Procurou atendimento médico, onde foi receitado azitromicina 500 mg durante 5 dias, sem melhora, sendo então encaminhado ao Hospital Regional. Os exames laboratoriais demonstravam leucocitose discreta, sem desvio à esquerda, com provas de atividade inflamatória aumentadas. A radiografia de tórax demonstrava opacidades interstício-alveolares com predomínio em campos médios bilateralmente. A tomografia de tórax demonstrava áreas de espessamento dos septos inter e intralobulares, com granularidades em vidro fosco, difusamente pelo parênquima pulmonar bilateralmente. Foi iniciado minipulsoterapia com metilprednisolona 125 mg/dia durante 5 dias (com albendazol profilático), suspensão das drogas imunomoduladoras e oxigenioterapia suplementar com máscara de venturi. O paciente evoluiu de forma satisfatória, com regressão da necessidade de oferta do oxigênio após 2 dias de tratamento.

Resultados

A fisiopatologia da lesão pulmonar induzida por essa droga é desconhecida, sendo a ação fibrótica pelo colágeno produzido por fibroblastos ativados uma das possibilidades.
A clínica dos pacientes é inespecífica, sendo tosse, febre e dispneia os sintomas comuns.
O diagnóstico é geralmente é de exclusão, devido à inespecificidade dos sintomas e os achados nos exames laboratoriais e de imagem. Não existe um tratamento definitivo para o quadro, sendo a suspensão do droga causadora o ponto crucial. Corticosteróides e imunoglobulina podem ser usados em caso selecionados, onde há gravidade e sintomas exuberantes.
O prognóstico dos paciente é bom quando a medicação é suspensa de forma precoce, sendo a morte um evento raro.

Conclusões/Considerações finais

PI é evento raro com uso dessa medicação, porém devido ao risco de evoluções desfavoráveis, esses pacientes devem ser prontamente acompanhados para o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Área

Clínica Médica

Instituições

hospital regional de mato grosso do sul - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

walter assunção gonçalves