14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS SIMULANDO CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS

Fundamentação/Introdução

Introdução: A paracoccidioidomicose ocasionada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis gera uma micose sistêmica endêmica de grande interesse para os países da América Latina. Apresenta-se em adultos geralmente de maneira crônica e, se não diagnosticada e tratada adequadamente pode se tornar uma doença disseminada grave e letal com rápido envolvimento dos pulmões, tegumento, gânglios, baço, fígado e órgãos linfóides do tubo digestivo. Contrapondo-se neste diagnóstico tem-se o carcinoma de pequenas células que acomete a região central do parênquima pulmonar, com curso clínico agressivo e alto grau de disseminação. Seu diagnóstico pode ser feito através da citologia ou da broncoscopia com biopsia.

Objetivos

Objetivo: Análise clínica e laboratorial do caso de Paracoccidiomicose realizando um comparativo com a clínica de carcinoma de pequenas células

Delineamento/Métodos

Relato de caso

Resultados

Caso: JAC, 52 anos, masculino, solteiro, morador de zona rural, procedente de Ibiá -MG. Apresentava rouquidão, disfagia importante há 2 meses e perda ponderal de 15kg em 3 semanas. Ao exame físico, uma massa cervical submandibular pétrea e fixa, além de uma lesão aberta de aspecto crostoso em hálux direito que não cicatrizava há 1 ano. Como primeira conduta, foi passada uma sonda nasoenteral. Solicitados biópsia do hálux e Raio X de tórax, a primeira inconclusiva e o segundo com infiltrado pulmonar. Solicitados também tomografia computadorizada (TC) de tórax e pescoço e endoscopia digestiva alta (EDA). Sem alteração na EDA, e TC de pescoço com discreta área de realce no espaço visceral perilaríngeo e linfonodos cervicais com dimensões aumentadas bilateralmente, o maior com centro necrótico de tamanho 2,7 x 3,4 cm na região submandibular esquerda. A segunda biopsia de halux realizada foi compatível com paracoccidiomicose. Ao hemograma, neutrofilia e linfopenia. Em videolaringoscopia solicitada, imagem sugestiva de micose por Paracoccidioides brasiliensis e biopsia confirmando o diagnóstico. Iniciado o tratamento com Bactrim, apresentou melhora significativa da lesão em halux e do estado geral, ganho de peso e por fim alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: Tendo o quadro do paciente simulado um carcinoma de pequenas células nota-se o quão comprometedor a nível sistêmico pode ser o fungo Paracoccidioides brasiliensis, o que evidencia a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Palavras Chaves

Paracoccidioides brasilienses; carcinoma de pequenas células

Área

Clínica Médica

Autores

Iasmim Rodrigues Paula e Silva, Letícia Andrade Santos, Fernanda Beatriz Ferreira Souza, Gabriela Ferreira Cunha, Adriana Batista Alves Martins