14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Arterite de Takayasu em paciente portador de hipertensão arterial sistêmica:

Fundamentação/Introdução

Introdução: A arterite de Takayasu (AT) é uma vasculite granulomatosa crônica, de etiologia desconhecida, que envolve a aorta e seus principais ramos, além das artérias pulmonares e coronárias. O processo inflamatório é transmural com estreitamento da parede das artérias afetadas e dilatação da aorta proximal. A maior incidência ocorre antes dos 40 anos, predominantemente no sexo feminino. Seu diagnóstico é, geralmente, tardio, devido a sintomatologia e exames laboratoriais inespecíficos. O tratamento da AT inclui a corticoterapia e, em casos de reativação, imunossupressores. Podem ser necessários procedimentos de revascularização em pacientes que apresentem hipertensão arterial na presença de estenose da artéria renal, isquemia de extremidades que limitam as atividades de vida diária, isquemia cerebral e/ou estenose crítica (>70%). Em relação ao prognóstico, estudos de acompanhamento mostram mortalidade de 15% a 40%.

Objetivos

Objetivo: Ilustrar caso de AT em paciente hipertensa e a relevância do seu diagnóstico precoce para direcionamento do tratamento.

Delineamento/Métodos

Relato de caso.

Resultados

Descrição do caso: S.M.G.P., sexo feminino, 46 anos, ex- tabagista (10 maços/ano), hipertensa há 6 anos, IMC de 36,18 kg/m², em uso Losartana, Hidroclorotiazida, Sinvastatina, AAS e Cilostazol. Apresenta história de claudicação intermitente para 400 metros e ausência de dor ao repouso. Verificou-se em membro inferior esquerdo presença de pulso femoral e ausência dos pulsos poplíteo, tibial anterior e tibial posterior, com perfusão mantida. Diferente, no membro inferior direito os pulsos poplíteo e femoral estavam preservados. US-Doppler arterial de membros inferiores compatível à AT e oclusão da artéria poplítea esquerda. Doppler de carótidas e vertebrais: placas ateromatosas nas carótidas internas e bulbos sem repercussão hemodinâmica significativa (estenose estimada em menos que 50%). Paciente segue em investigação para que possa haver melhor elucidação e tratamento do caso.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: A AT é uma doença rara e de difícil diagnóstico. Este é baseado na evolução clínica e nos exames complementares. Contudo, devido à baixa especificidade são necessários mais métodos investigativos para a identificação precoce da doença com o intuito de reduzir o número de casos subdiagnosticados e direcionar o tratamento para a obtenção de resultados mais efetivos e melhora do prognóstico.

Palavras Chaves

Arterite de Takayasu, hipertensão, diagnóstico.

Área

Clínica Médica

Autores

Ana Luisa Oliveira, Letícia Andrade Santos, Gabriel Veloso de Araújo Neto, Maria Paula Gouveia Bernardes, Samir Idaló Junior