14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

O Ultrassom de Tórax Point of Care: Ferramenta Útil na sala de emergência - Relato de caso.

Fundamentação/Introdução

O Ultrassom (US) de tórax à beira de leito, realizado por não radiologistas, mostrou-se ferramenta útil na terapia intensiva, oferecendo informações complementares ao exame clínico, poupando tempo até a tomada de decisão e conduta.

Objetivos

Este relato de caso objetiva descrever um quadro de insuficiência respiratória aguda (IRPa), abordado em sala vermelha de emergência, no qual o US fora definidor à condução em primeiro momento.

Delineamento/Métodos

Paciente AMP, 18 anos, proveniente de zona rural de Coração de Jesus - MG, lavrador, sorologia positiva para HIV. Fora admitido em emergência após episódio de síncope e déficit focal. Encontrava-se caquético, parético à direita, taquidispneico, com esforço importante, fala entrecortada e dessaturação mesmo ao suplemento de oxigênio por máscara reinalante. Mantinha estabilidade hemodinâmica, PAS de 140 mmHg, sem edemas periféricos, ausculta cardíaca inalterada e pulmonar com crepitações em base direita e roncos bilaterais. Realizada avaliação ultrassonográfica de tórax do paciente, foram evidenciados padrão B bilateral, consolidação em base pulmonar direita e derrame pleural à direita. Além disso, avaliação cardíaca qualitativa demonstrou hipocontratilidade de ventrículo esquerdo, posteriormente confirmada ao ecocardiograma. Acrescentou critérios a favor da suspeita clínica da presença de quadro pulmonar infeccioso e congestivo, sendo iniciadas antibioticoterapia empírica pós coleta de culturas e terapia com diurético, vasodilatadores e ventilação não invasiva (VNI) com pressão positiva. Houve melhora considerável após primeira seção de VNI e início de ação de drogas empregadas. Nos dias seguintes, porém, admitido em terapia intensiva, o paciente desenvolvera piora do padrão infeccioso, com necessidade de ventilação invasiva, choque circulatório séptico e cardiogênico refratário, evoluindo a óbito.

Resultados

Embora o caso tenha apresentado desfecho negativo, o exame ultrassonográfico ao primeiro contato com o paciente em sala vermelha serviu como guia confirmatório para a suspeita levantada pelo exame clínico, definindo a conduta a ser adotada.

Conclusões/Considerações finais

O US apresenta-se superior à radiografia em termos de sensibilidade e à tomografia computadorizada de tórax, no que diz respeito ao tempo de obtenção de resultados. A estratégia de US Point of Care deve ser adotada como instrumento complementar ao exame clínico nos quadros de IRPa no primeiro contato ao paciente não só em terapia intensiva, como também em ambiente de emergência.

Palavras Chaves

Ultrassonografia; Ultrassom point of care; Emergência.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário Clemente Faria - Minas Gerais - Brasil, Irmandade Nossa Senhora das Mercês de Montes Claros - Minas Gerais - Brasil

Autores

Luiz Felipe Carvalho Lopes, Gabriel Freitas Aquino, Paulo Fernando Aguiar