14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Síndrome da Rubéola Congênita: um relato de caso

Fundamentação/Introdução

A Síndrome da Rubéola Congênita constitui o somatório de sinais e sintomas decorrentes da infecção do concepto pelo vírus da Rubéola e resulta em anomalias de diversos órgãos, sendo clássica, porém não patognomônica, a tríade de malformação cardíaca, catarata e surdez, além do aumento significativo de risco para abortamento e óbito fetal.

Objetivos

Relatar um caso de Síndrome de Rubéola Congênita e demonstrar a importância da prevenção à essa doença.

Delineamento/Métodos

As informações foram obtidas através da coleta e análise de dados contidos em prontuário médico, coligado à entrevista do sujeito da pesquisa após consentimento do mesmo.

Resultados

K. C. P., feminino, 18 anos, mãe diagnosticada IgM positiva para rubéola na 20a semana de gestação, apresentou aos 51 dias de vida dispneia e taquipnéia durante a amamentação e cianose perioral; ao exame físico constatou-se sopro sistólico em foco tricúspide com irradiação para borda paraesternal com frêmito e sopro contínuo em foco pulmonar com irradiação para dorso. Em ecocardiograma bidimensional com doppler realizado dois meses após o nascimento concluiu-se a presença de Persistência de canal arterial (PCA) e aumento de câmaras esquerdas. Com devida indicação de correção cirúrgica, esta foi realizada com 1 ano e 4 meses de idade, com resolução completa do quadro. Fez uso de Digoxina, Furosemida e Captopril por 3 anos após a cirurgia. Em avaliação realizada por oftalmologista aos 3 anos foi evidenciada Retinopatia pigmentar em sal e pimenta em olho direito, compensada pelo uso de lentes de correção, e posteriormente diagnosticada com surdez completa em ouvido direito, suspeitada pela mãe devido ao atraso no desenvolvimento da linguagem. Atualmente faz acompanhamento com especialistas em cardiologia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

Conclusões/Considerações finais

Visto que não há tratamento específico para a rubéola durante a gestação e para a Síndrome da Rubéola Congênita, faz-se necessário um acompanhamento adequado de planejamento familiar para indicação da vacina Tríplice viral pré-gestacional, além de orientação e conduta multidisciplinar caso ocorra infecção vertical pelo vírus.

Palavras Chaves

Síndrome; Rubéola; PCA; Retinopatia;catarata;surdez.

Área

Clínica Médica

Autores

Alexia Lara Lopes, Caroline Nishimura, Ananda Louise Pasqualotto, João Antônio Veronese, André Oliveira