14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Síndrome do Complexo Regional Doloroso pós Neuralgia Herpética: Um Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

Apenas com a instituição precoce do tratamento é possível reduzir a dor e recuperar a capacidade funcional do paciente que apresenta a Síndrome do Complexo Regional Doloroso (SDCR). O tratamento é um dos tópicos de maior discussão, devido a não existência de um protocolo estabelecido e também por ser uma doença com fisiopatologia ainda não elucidada.

Objetivos

Difundir experiência terapêutica de sucesso para SDCR pós neuralgia herpética.

Delineamento/Métodos

Mulher, 59 anos, branca, hipertensa, diabética. Há dois meses, foi diagnosticada com Herpes Zoster em mão esquerda e medicada com Aciclovir 2000 mg/dia por sete dias. Após término do tratamento, paciente persistiu com quadro álgico importante e, devido à dor intensa, foi prescrito Gabapentina 900 mg/dia e encaminhada ao Ambulatório de Reumatologia. Em primeira consulta, ao exame físico, apresentava crostas hemáticas em palma e quirodáctilos de mão esquerda, associadas a edema, até região de punho, doloroso à palpação. Diante do quadro, levantou-se a hipótese diagnóstica de Neurite Pós-Herpética e iniciou-se tratamento com Gabapentina 1800 mg/dia, associado a Paracetamol com Codeína em caso de dor. Após quatro semanas de tratamento, paciente retorna com dor latejante, de intensidade moderada, associada à parestesia local, edema e prurido, limitação funcional, remissão de crostas, presença de eritemas puntiformes subdérmicos em mão e antebraço esquerdos e com melhora parcial ao uso da medicação. Após três meses do quadro herpético e diante de uma resposta discreta à Gabapentina, considerou-se a hipótese diagnóstica de Síndrome Dolorosa Complexa Regional Pós Herpética e optou-se por associar Amitriptilina 25 mg/dia. Após um mês, retornou com piora de quadro álgico, intensidade alta, com persistência dos demais caracteres e optou-se por suspender a Gabapentina. Assim, mantivemos Amitriptilina 25 mg, Pregabalina 150 mg e Duloxetina 30 mg, doses diárias. Paciente retorna após um mês com melhora significativa de quadro álgico, decidindo-se passar Duloxetina para 60 mg/dia e manter demais medicações.

Resultados

Dois meses após paciente refere melhora de quadro álgico, com regressão parcial de limitação funcional.

Conclusões/Considerações finais

Pouco se sabe sobre a fisiopatologia da SDCR, o que tem mostrado um verdadeiro desafio quanto ao tratamento. Aparentemente a associação de antidepressivos e anticonvulsivantes acaba sendo nossa principal arma terapêutica.

Palavras Chaves

Dor, Dor Crônica, Síndrome do Complexo Regional Doloroso

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina de Jundiaí - São Paulo - Brasil

Autores

Flávia Hosana de Macedo Cuoco, Felipe Toth Renda Dias, Livia da Silva Krzesinski, Maria Isabela Lobo Rossi, Lara Monteiro de Queiroz Ravazzi