14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Abdome agudo por perfuração uterina pós-curetagem: um relato de caso

Fundamentação/Introdução

A ruptura uterina (RU) geralmente ocorre a partir da 28ª semana de gestação. Nos países subdesenvolvidos, tem como principais etiologias o parto obstruído, a curetagem uterina com perfuração, o acretismo placentário e a mola hidatiforme (MH).

Objetivos

O propósito do presente relato é descrever um caso de abdome agudo perfurativo após curetagem uterina.

Delineamento/Métodos

Paciente J.J.G.R, 29 anos, sexo feminino, no 5º dia após curetagem uterina por mola hidatiforme, foi admitida ao serviço de urgência queixando-se de dor em toda a extensão abdominal associada a sangramento vaginal de pequena quantidade, sendo constatado sangramento vivo em dedo de luva ao toque vaginal. Nos exames complementares observou-se hemoglobina 6,4 g/dl, fosfatase alcalina 341 U/L, espessamento da parede vesicular, ascite moderada, derrame pleural bilateralmente, restos ovulares, acretismo placentário e líquido livre em fundo de Saco de Douglas.

Resultados

A paciente evoluiu para abdome agudo perfurativo e insuficiência respiratória, sendo então submetida à laparotomia exploradora, em que se constatou liquido de aspecto uterino em toda a cavidade abdominal por perfuração posterior decorrente da curetagem e presença de hiperemia leve em apêndice, realizou-se uterorrafia e apendicectomia. Foi encaminhada à UTI, onde apresentou discreto esforço respiratório saturando 90% com cateter nasal 3l/min, associado à leucocitose, secreção purulenta esverdeada presente no tubo orotraqueal, crepitações e sibilos discretos em base, justificando um quadro de pneumonia associada à ventilação mecânica. Diante do quadro, a conduta foi a administração de antibioticoterapia e máscara de Venturi 50%. Paciente evolui para alta hospitalar no 12º dia de internação.

Conclusões/Considerações finais

A curetagem possibilita surgir perfurações uterinas simples ou complicadas. A mesma pode ser incompleta ou completa, traumática ou não traumática. Um exemplo de traumática é a mola hidatiforme, uma doença um tanto incomum que afeta 10% da população feminina, com um potencial nefasto, mas, que na maior parte dos casos é curável.

Palavras Chaves

ruptura uterina, curetagem, mola hidatiforme.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade Atenas - Minas Gerais - Brasil

Autores

Maria Luísa Pinto Ramos Araújo, Murilo Dias Gomes, Isabella Godoy Gomes, Letícia Pacheco Rodrigues, Wesley Lobo Costa Junior