14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

TENTATIVA DE SUICÍDIO E AUTOMUTILAÇÕES NA ADOLESCÊNCIA: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

O suicídio é considerado um problema de saúde pública na atualidade com números alarmantes, que vem aumentando progressivamente as mortes no Brasil. Das crianças e adolescentes que apresentam comportamento suicida e auto-agressividade, 70% pensaram ou idealizaram o suicídio durante um episodio depressivo, e 40 a 80% dos adolescentes que consumaram suicídio, o fizeram na vigência de um episodio depressivo. Embora distintos, a automutilação e a tentativa de suicídios são comportamentos geralmente associados. Na tentativa de suicídio, o objetivo é a morte (busca de um fim), entretanto na automutilação, o desejo é de se sentir melhor (busca de mudança).
O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) que pode ser considerado um fator de risco para o comportamento suicida, é um padrão de pratica negativista, hostil e desafiador.

Objetivos

Relatar um caso clínico de adolescente portador de Transtorno opositivo desafiador (TOD) e Transtorno de ansiedade, evoluindo com automutilações e tentativa primária de suicídio. Será feito uma abordagem psicossocial dos fatores de risco e das condutas.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo descritivo tipo relato de caso, em que foram utilizadas informações obtidas pelo prontuário e revisão de literatura. O paciente foi acompanhado no ambulatório da Liga de Psiquiatria Infantil do Espírito Santo, por seis meses. Foi feita a análise da abordagem psicossocial dos fatores de risco bem como a importância das condutas realizadas como antidepressivos e psicoterapia.

Resultados

Na primeira consulta, paciente com queixa de irritabilidade e agressividade. Estado mental: humor eutímico, afeto ansioso. Levantadas as hipóteses de TOD e Transtorno de Ansiedade e iniciada conduta com Inibidor Seletivo da Recaptação de Serotonina (Citalopram) e encaminhado para Psicoterapia. Na segunda consulta, permanência de crises de agressividade. Reajustada a dosagem do Citalopram para 30mg/dia, e reforçado a importância de Psicoterapia. Na terceira consulta ameaçou se jogar do terraço e teve episódios de automutilação em membros inferiores, como conduta, Citalopram 30mg/dia, associado a Carbolitium CR 450mg para controle dos sintomas impulsivos e da ideação suicida.

Conclusões/Considerações finais

As discussões sobre suicídio precisam se tornar mais presentes no contexto da saúde, como tentativa de alcançar o problema cada vez mais cedo, na busca de reduzir essa triste epidemiologia da atualidade.

Palavras Chaves

Suicídio; automutilação; depressão; ansiedade.

Área

Clínica Médica

Autores

Sthefane Milanez Salvador, Lívia Salvador de Faria, Diego Ferraz Oliveira, Fabrício Zaché Miranda