EFEITO DA PRÓPOLIS VERMELHA SOBRE A PROTEINÚRIA DE PACIENTE COM GLOMERULOPATIA CRÔNICA (RELATO DE CASO)
A Doença Renal Crônica (DRC), um grave problema de saúde pública no mundo, tem como uma de suas principais causas as glomerulopatias. A recente descoberta da propriedade antiproteinúrica da Própolis Vermelha (PV) em um modelo animal de DRC desencadeou a motivação em transpor os achados experimentais para pacientes com glomerulopatias crônicas.
Descrever caso de um paciente envolvido em estudo clínico que avalia o impacto do uso da PV sobre a proteinúria de pacientes com glomerulopatias crônicas proteinúricas.
Estudo clínico, prospectivo, de intervenção, do tipo ensaio clínico, realizado no Centro Integrado de Nefrologia do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes – Universidade Federal de Alagoas. Amostra selecionada aleatoriamente e abrange portadores de glomerulopatias crônicas que já passaram por tratamento padrão com imunossupressores ou estão em uso de drogas antiproteinúricas. Foram utilizadas doses diárias de 200 mg de PV em cápsulas, fracionadas em duas vezes ao dia. A avaliação laboratorial foi composta de ureia, creatinina, alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, hemograma e proteinúria de 24 horas e foi realizada antes do início do tratamento e mensalmente por 6 meses após seu início. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas por meio da Plataforma Brasil.
Relato do caso: Paciente masculino, 46 anos e diagnóstico prévio de Hipertensão Arterial Sistêmica. Apresentou quadro de síndrome nefrótica, diagnosticada Glomerulopatia Membranosa por biópsia renal. Foi inserido no protocolo de tratamento com a PV, realizando-o corretamente.
Após 180 dias em uso das cápsulas de PV, a proteinúria do paciente que possuía valor basal e estável de 4219 mg/24h, decresceu para 1340 mg/24h. Em relação a função renal, o paciente apresentava creatinina sérica basal de 1,06 mg/dl, sendo de 1,19 mg/dL pós tratamento (não significativo). Demais exames laboratoriais não apresentaram diferença significativa entre o estado pré e após tratamento. Os demais pacientes do estudo ainda estão em análise.
Os achados deste único caso apenas sugerem que o uso do extrato de PV em cápsulas pode apresentar efeito antiproteinúrico. É necessário aumentar nossa amostra para melhor análise de resultados. Além disso, podemos sugerir que, ao menos no referido caso, o uso da PV na dose preconizada foi seguro, não havendo nenhuma toxicidade.
Doença Renal Crônica; Glomerulopatias Crônicas; Própolis Vermelha; Nefrologia Clínica.
Clínica Médica
Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (UNCISAL) - Alagoas - Brasil, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Alagoas - Brasil
Eline Calumby Teixeira, Camila Ricardo Uchôa Lins, Renata Oliveira Santos, Ananda Camilla Andrade Alves, Flávio Teles