14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Arterite de Células Gigantes: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS:Arterite de células gigantes (ACG) ou arterite temporal é uma vasculite granulomatosa crônica de etiologia desconhecida, preferencialmente de artérias calibrosas (temporais, carótidas, vertebrais e aorta) que leva à oclusão do fluxo sanguíneo. Geralmente ocorre em mulheres brancas acima dos 50 anos. A clínica depende do local dos territórios irrigados pelos vasos isquemiados. A perda da visão por neuropatia óptica isquêmica anterior (NOIA) é a complicação mais temida, além de infartos cerebrais e aneurisma da aorta. O diagnóstico é clínico e laboratorial, com confirmação histopatológica e o tratamento, com corticoterapia por longo prazo e imunossupressores.

Objetivos

OBJETIVOS: Descrever e discutir um caso de ACG.

Delineamento/Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS: Estudo observacional descritivo com revisão de artigos científicos.

Resultados

RELATO DE CASO: M.L., 69 anos, refere que quadro iniciou com diminuição da acuidade visual direita (D) com duração de 24 horas e melhora espontânea. Posteriormente, relata cefaleia pulsátil temporal bilateral que melhorou com anti-inflamatórios. Dois dias após, afirma amaurose D e diminuição da acuidade visual à esquerda (E), cefaleia pulsátil temporal e febre (38,2°C). Oftalmologista diagnosticou NOIA encaminhando-a para reumatologista que verificou quadro clínico compatível com ACG e poliartralgia simétrica de pequenas e grandes articulações do tipo inflamatória, dor bilateral à palpação de região temporal e tumefação; mão reumatoide (limitação flexoextensão de punhos D e E, desvio ulnar e edema de 2ª e 3ª metacarpofalangeanas); diagnosticada concomitantemente com artrite reumatoide (AR) ativa. Exames laboratorais: Velocidade de Sedimentação Eritrocitária (VHS): 85mm/h, fator reumatoide: 128 UI/ml. Realizado pulsoterapia de metilprednisolona por 3 dias com melhora parcial das queixas visuais e total do quadro articular. Alta com metotrexato 10mg/semana e prednisona 60mg/dia. No momento, paciente em remissão da ACG e da AR em uso de prednisona 10mg/dia e metotrexato 20mg/semana.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Caso compatível com os encontrados na literatura com diagnóstico presuntivo de ACG. Preenche quatro de cinco critérios estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia: idade acima de 50 anos ao diagnóstico, cefaleia localizada de início recente, VHS superior a 50 mm na primeira hora, além de dor e tumefação à palpação de artéria temporal. Ressalta-se importância de um diagnóstico precoce de NOIA para evitar amaurose.

Palavras Chaves

Arterite, Acuidade Visual, Neuropatia Óptica Isquêmica, Artrite, Vasculite

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil

Autores

Felipe Moura Lima, André Iglesias Brandão, Karen Toledo Morais, João Lucas Lana Pereira, Fabíola Sampaio Brandão