14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Colangite Esclerosante Primária – Relato de caso

Fundamentação/Introdução

Introdução: A Colangite Esclerosante Primária (CEP) é uma doença hepática colestática crônica, de etiologia autoimune, caracterizada por inflamação e fibrose dos ductos biliares. Os homens são mais acometidos e os sintomas aparecem com a progressão da doença e incluem prurido, icterícia, fadiga, perda de peso. A doença esta fortemente associada a doenças inflamatórias intestinais e exibe maior risco de evolução para displasia, câncer colorretal e colangiocarcinoma. O transplante hepático continua sendo o único tratamento comprovado a longo prazo para a CEP.

Objetivos

Objetivo: O objetivo deste relato é ressaltar um dos possíveis diagnósticos diferenciais em pacientes com quadro colestático.

Delineamento/Métodos

Descrição do Caso: Paciente A.C.P., sexo masculino, 75 anos, procurou o Pronto Atendimento no dia 10/04/17 com relato de icterícia, acolia fecal, colúria e prurido por todo o corpo. Negou emagrecimento. Início dos sintomas há 10 dias. Nesse período, informa ter realizado tratamento para Rinossinusite com Clavulin por 14 dias, sendo o término da antibioticoterapia associado ao início dos sintomas. No exame físico, apresentou-se ictérico (3+/4+), abdome indolor à palpação, com fígado e baço não palpáveis e sem linfadenomegalia. Na história pregressa refere hepatite A e B em 1987, plaquetopenia e glaucoma em acompanhamento adequado. Nega antecedentes cirúrgicos. Foi internado para investigação e propedêutica. Os exames laboratoriais da internação foram incompatíveis com hepatite infecciosa em atividade e compatível com hepatopatia colestática: bilirrubina total:17,68(direta:15,33 indireta:22,35)/TGO:113/TGP:196/GGT:420/FA:353/amilase:57/lipase:116. US Abdominal (10/04): leve distensão de vias biliares hepáticas e lama biliar sem sinais inflamatórios associados. Colangioressonância (11/04): discreta dilatação de vias biliares intra-hepáticas mais distais, com dificil visualização. Colangiopancreatografia retrograda endoscopia (CPRE)-(14/04): ducto colédoco e hepático comum sem alterações, com calibre de 5mm, vias biliares intra-hepáticas rarefeitas, compatível com CEP. Colonoscopia sem alterações. Foi optado por tratamento conservador, com uso de Ursacol, hidratação venosa e anti-histamínicos. O paciente recebeu alta hospitalar após 10 dias de internação com melhora do quadro clínico.

Resultados

-

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: A CEP, apesar de uma patologia relativamente rara, deve sempre ser investigada em quadros de colangite, especialmente devido ao seu prognóstico e evolução insidiosa.

Palavras Chaves

colangite esclerosante primaria

Área

Clínica Médica

Autores

LORENA ROCHA DIAS MACHADO, FERNANDA RODRIGUES FROES VICTORIA, CAMILLE VILLEFORT SILVA CHAVES, FERNANDO AUGUSTO OLIVEIRA, STAEL LUCIANO CARDOSO