14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ABSCESSO ESPLÊNICO: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO!

Fundamentação/Introdução

Apenas 600 casos de abscesso esplênico foram descritos na literatura. As causas principais são infecção metastática; contiguidade; eventos embólicos não infecciosos; trauma; e imunodeficiências. O fator mais frequente ainda é secundária embolia séptica por endocardite bacteriana (70%). As bactérias mais comuns são S. aures, Streptococcus sp., Salmonella sp. e Escherichia coli. Quase sempre, a evolução clínica é insidiosa e com sintomas constitucionais (febre, náuseas, mal estar geral, perda de peso e dor abdominal no quadrante superior esquerdo). Os exames de maior sensibilidade são a US e TC de abdômen. A desvantagem do US é de não diferenciar infarto de abscesso sendo, então, a TC o exame de maior sensibilidade. O tratamento se baseia em antibioticoterapia, cirurgia ou drenagem percutânea.

Objetivos

Evidenciar a importancia de iniciar precocemente o tratamento adequado, antibioticoterapia associada a esplenectomia, para redução da mortalidade de 100% para 14%.

Delineamento/Métodos

I.R.X.D, 31 anos, feminina, casada, natural de Rio de Janeiro, portadora de diabetes mellitus tipo 1 há 22 anos, em insulinoterapia e hipertensão arterial. Nega cirurgias prévias, alergias, trauma, etilismo, tabagismo. Referido inicio de febre não aferida, sem horário preferencial, sem queixas urinárias ou álgicas, sendo diagnosticada com infecção urinária baixa tratada com norfloxacino por 10 dias. Evoluiu no 7o dia com dor em hipocôndrio esquerdo, súbita, intensa, em pontada, com irradiação para dorso, associada a náuseas e vômitos. Procurou, novamente, auxílio médico, sendo diagnosticada com pneumonia, insuficiência renal aguda não dialítica e imagem em tomografia de abdome sugerindo abscesso esplênico. Evoluiu com queda estado geral, inapetência, febre (38,5oC), piora da dor e piora da leucocitose com desvio. Sendo trocado esquema para piperacilina+tazobactam e clindamicina. Após 48 horas, evoluiu sem sucesso terapêutico, optando-se, por esplenectomia.

Resultados

Sucesso terapêutico após esplenectomia e antibioticoterapia venosa.

Conclusões/Considerações finais

O baço é um filtro eficaz para organismos e partículas, sendo resistente à infecções. Essa patologia é incomum e potencialmente fatal, devido ao quadro clínico inespecífico continua sendo um desafio e confirmado, principalmente, com base em estudos de imagem. Diante da tríade clássica de febre, dor no quadrante superior esquerdo e massa abdominal palpável, o diagnóstico de abscesso esplenico deve ser aventado em imunocomprometidos e, assim, intituir a terapêutica adequeda.

Palavras Chaves

Abscesso esplênico, antibioticoterapia, esplenectomia

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Municipal Souza Aguiar - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Jéssica Zandomenico Souza, Milena Sampaio Barreto, Igor Silva Mançano, Thiago Fernandes Dias Carvalho, Fernanda Nigri Almeida