14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO, LABORATORIAL E PADRÃO DE BIÓPSIA DE MEDULA EM PACIENTES COM SÍNDROME MIELODISPLÁSICA E ANEMIA REFRATÁRIA EM UNIDADE DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA CLINICA DO SUL DA BAHIA

Fundamentação/Introdução

A síndrome mielodisplásica (SMD) é um grupo de distúrbios hematológicos, caracterizados por baixa contagem de células sanguíneas, marcadores genéticos clonais e maior propensão à leucemia mielóide aguda (LMA). A anemia geralmente com trombocitopenia e neutropenia ocorre devido a uma medula dismórfica que mostra produção ineficiente de células sanguíneas.

Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico, laboratorial e padrão de biópsia de pacientes diagnosticados com síndrome mielodisplásica com anemia refratária com excesso de blastos em Serviço de Referência em Oncologia Clinica do Sul da Bahia no período de 2007 a 2017.

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Delineamento/Métodos

Trata-se estudo transversal, agregado e observacional, analisando os prontuários correspondentes a todos os pacientes com diagnóstico de síndrome mielodisplásica com excesso de blastos atendidos nos últimos 10 anos em Serviço de Referência em Oncologia do Sul da Bahia.

Resultados

A distribuição por sexo foi de três homens (50%) e três mulheres (50%). A idade dos pacientes variou de 54 a 83 anos, com média (67.8 anos ±11,32 DP). O valor médio de Hemoglobina ao diagnóstico (6,83 g/dL ± 1,4 DP). Ao mielograma todos os pacientes apresentaram medula óssea hipercelular com acometimento da linhagem eritrocitária e 66,66% dos pacientes tiveram a linhagem megariocítica acometida. 66,6% dos pacientes apresentaram SMD primária, e 33,4% preencheram os critérios de SMD secundária à radioterapia. À biópsia, 49,9% dos pacientes apresentaram anemia refratária com excesso de blastos, 33,3% com SMD não classificável (SMD-NC) e 16,6% com anemia refratária com sideroblastos. Nenhum dos pacientes evoluiu com leucemia mieloide aguda (LMA). Todos receberam eritropoetina (EPO), mas necessitaram de hemotransfusão. Três pacientes evoluíram para óbito; todos do sexo masculino.

Conclusões/Considerações finais

A prevalência de SMD no Brasil não é conhecida com precisão. Nesse estudo foi evidenciada igual prevalência em homens e mulheres, com homens afetados em idade mais precoce. Todos os pacientes apresentavam diminuição de Hemoglobina ao diagnóstico. Nenhum caso com evolução para leucemia foi constatado. A mortalidade parece estar associada, em maior grau, à SMD secundária e parece ter maior prevalência no sexo masculino, nesse grupo. Parte dos pacientes foram acometidos por eventos tromboembólicos, reforçando dados da literatura. O estudo sobre a SMD no Brasil se faz necessário para melhor entendimento dessa patologia em nosso meio, de forma a identificar o perfil desses pacientes e reduzir desfechos desfavoráveis

Palavras Chaves

Sindrome mielodisplásica, Oncologia, Anemia

Área

Clínica Médica

Instituições

Unidade de Quimioterapia da Santa Casa de Misericordia de Itabuna-Bahia - Bahia - Brasil, Universidade Estadual de Santa Cruz - Bahia - Brasil

Autores

Jacqueline de Freitas Nascimento, Jordian Jorge Pinheiro, Eliseu da Cruz Moreira Junior, Dayse Vieira Pinheiro, Eduardo Kowalski Neto