14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Tratamento endovascular dos aneurismas cerebrais

Fundamentação/Introdução

Aneurismas intracranianos são dilatações arteriais anômalas devido a uma fragilidade na parede arterial cerebral que pode levar a compressão de estruturas adjacentes com seu crescimento e até mesmo romper resultando em hemorragia. Estima-se que até 5% da população tenha pelo menos um aneurisma cerebral, sendo mais comuns nas mulheres e em pessoas acima dos 50 anos.

Objetivos

Analisar as características de aneurismas rotos e não rotos em pacientes submetidos à terapia endovascular em um hospital de referência em neurocirurgia.

Delineamento/Métodos

Estudo retrospectivo, observacional, realizado a partir da análise de banco de dados de um serviço de Neurocirurgia em Blumenau no período de novembro de 2005 a março de 2016.

Resultados

De um total de 1262 pacientes analisados, 540 indivíduos apresentaram aneurismas rotos, com idade média de 52,64 anos e sexo predominante feminino com 70,74%, enquanto que 722 indivíduos apresentaram aneurismas não-rotos, média etária de 55 anos e também com maior freqüência do sexo feminino com 74,8%. Com relação ao tamanho dos aneurismas rotos, foi possível identificar 76,48% pequeno, 19,09% grandes e 4,44% gigantes; enquanto que nos aneurismas não rotos, 67% foram pequenos, seguidos por 22,4% grandes e 10,5% gigantes. Quando se trata do tipo de aneurisma, o mais encontrado em ambos – tanto rotos, quanto não rotos – foram do tipo sacular (94,81% e 94,32%, respectivamente). A localização mais comum apresentada pelo grupo dos aneurismas rotos foi a artéria comunicante anterior com 27,77% e a artéria comunicante posterior 25,18%; já no grupo dos aneurismas não rotos, identificou-se a artéria cerebral média 18,55% e a artéria comunicante posterior 16,85%. Por fim, o material utilizado no tratamento dos aneurismas rotos somente com coils foi de 92,59%, coils associados a stent de 4,62% e somente stent de 2,77%. Já no tratamento dos aneurismas não rotos, foi empregado somente coils em 58,4% dos casos, coils e stents com 27% e somente stents com 14,6%.

Conclusões/Considerações finais

Os aneurismas cerebrais rotos e não rotos devem ter a resolução terapêutica do modo mais rápido possível. Para isto, saber as características bem como o perfil do paciente é de fundamental importância. Ademas, é possível firmar que o advento do tratamento endovascular trouxe redução da morbi mortalidade de forma significativa nestes pacientes.

Palavras Chaves

Aneurismas; cerebrais; rotos; não rotos; endovascular

Área

Clínica Médica

Autores

Natália Tozzi Marques, Leandro José Haas, Omar Ahmad Omar, Evelyn Della Giustina, Thaize Regina Scramocin