14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Leptospirose na fase precoce: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

A leptospirose é uma zoonose de importância mundial, principalmente nas regiões de clima quente e úmido, causada por bactérias do gênero leptospira. São patogênicas e transmitidas pelo contato com urina de animais infectados ou água, lama ou solo contaminados pela bactéria. As apresentações clínicas da leptospirose se dividem em: 1)fase precoce (leptospirêmica), a qual corresponde à maior parte das formas clínicas (90%), embora esta forma seja a menor parte dos casos identificados e notificados, devido às dificuldades inerentes ao diagnóstico clínico e à confirmação laboratorial; e 2)fase tardia (fase imune). A fase precoce da doença é caracterizada pela instalação abrupta de febre, comumente acompanhada de cefaleia e mialgia e, frequentemente, não pode ser diferenciada de outras causas de doenças febris agudas.

Objetivos

Descrever um caso de uma paciente com Leptospirose na fase precoce.

Delineamento/Métodos

C.A.R., 20 anos, feminino, estudante de Ciências Agrárias, procurou o serviço de saúde com queixa de febre alta havia 3 dias, acompanhada de cefaleia, mialgia e vômitos. Sem queixas respiratórias ou urinárias. Ao exame físico apresentava-se corada, hidratada, anictérica, febril (40,1º) e taquicárdica. Sem outras alterações dignas de nota. Colhidos exames laboratoriais inicias (TGO, TGP, Urina 1, Hemoculturas, Urocultura, Ureia, Creatinina, Na, K, Bilirrubinas total e frações, CPK, Coagulograma, Fosfatase alcalina e Gama GT) que se mostraram normais, excetuando uma leucocitose (16200 com 18 bastonetes) e PCR 144,9. Exames de imagem sem alterações. Iniciado hidratação vigorosa e antibioticoterapia intravenosa (Ceftriaxona 2g uma vez ao dia) e aventada a hipótese de Leptospirose, considerando a epidemiologia e o contato frequente com áreas rurais durante a rotina diária de suas atividades universitárias, foram colhidas sorologia para Leptospirose e febre maculosa. Iniciado terapêutica com Doxiciclina 100mg, por via oral, duas vezes ao dia. Resultado de sorologia para Leptospirose IgM reagente.

Resultados

Paciente evoluiu com melhora clínica e laboratorial progressivas.

Conclusões/Considerações finais

A anamnese bem feita, enumeração de diagnósticos diferenciais para síndromes febris e a epidemiologia são fundamentais para o diagnóstico de Leptospirose na fase precoce, evitando as complicações da doença, erros no diagnósticos e internações prolongadas com redução dos custos de internação e redução de dias não trabalhados.

Palavras Chaves

Leptospirose, forma precoce

Área

Clínica Médica

Instituições

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Araras - São Paulo - Brasil

Autores

Juliano Valente Custódio, Pedro Dirceu Ortolani Junior, Bruno Marini, Mayra Peraro Jorge, Vanessa Rodrigues