14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Neoadjuvância como fator prognóstico para o tratamento de tumor estromal gastrintestinal (GIST): Relato de caso.

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: Os tumores de estroma gastrintestinais (GIST) compreendem cerca de 1% dos tumores primários do trato gastrintestinal (TGI), porém são as lesões mesenquimatosas mais comuns do TGI. Podem originar-se em todo o trato, sendo, 70%, no estômago. O tumor origina-se a partir das células intersticiais de Cajal e da expressão da proteína c-Kit. Em média, o diagnóstico é por volta dos 60 anos. A ressecção cirúrgica e o uso do imatinibe são os principais métodos terapêuticos.

Objetivos

OBJETIVO: Relatar o caso de uma paciente com GIST atendida num serviço de oncologia do município de Vitória da Conquista, Bahia.

Delineamento/Métodos

DESCRIÇÃO DO CASO: Feminino, 65 anos, 51 kg, com hiporexia há 04 anos, perda ponderal de 4Kg nos últimos 3 meses e dor epigástrica. Evidenciada massa abdominal em hipocôndrio esquerdo, distando do gradil costal ipsilateral em 7,5cm e 10 cm do apêndice xifoide. Em TC de abdome e pelve media 14,3x9,6x15cm, enquadrando-a no protocolo de neoadjuvância. A EDA revela gastrite. Laudo histopatológico descreve neoplasia fuso celular de baixo grau com possibilidade de GIST. Exame imunohistoquimico revelou positividade para o gene CD117 (c-kit). Foi então, iniciado tratamento com imatinib 400mg VO. Tendo como efeitos colaterais o edema periorbital e de MMII, além de cãibra e fadiga. Observou-se redução do tumor após 90 dias de uso. Foi realizada ressecção tumoral total e confirmação histopatolólica de GIST hialinizado no estômago (N1eN2), com margens livres (N2).

Resultados

O risco de recidiva de GISTs depende da localização anatômica, do índice mitótico, e do tamanho do tumor, sendo este o fator de principal relevância no caso considerado. Assim, o uso do tratamento neoadjuvante, evidencia uma menor taxa de recorrência, determina um aumento da ressecabilidade tumoral e diminuição da morbidade cirúrgica. Os pacientes considerados de risco intermediário teriam sobrevida semelhante aos de baixo risco, sendo relevante o uso do Imatinibe apenas para pacientes de alto risco. Dessa forma o aumento da sobrevida do paciente é estimado em 20 a 60 meses, fato que poderá ser consumado na paciente analisada, já que, os índices prognósticos após os procedimentos realizados foi considerado satisfatório.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO: A ressecção tumoral completa é o principal tratamento para GIST não metastático, já a terapia neoadjuvante com imatinibe promove redução tumoral e diminuiu a possibilidade de metástase e recidiva local. Assim, o tratamento neoadjuvante pode possibilitar aumento da sobrevida global.

Palavras Chaves

tumor estromal gastrintestinal
neoadjuvância

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - Bahia - Brasil

Autores

Fellipe Dantas Pinheiro, Thiago de Carvalho Milet, Bartira Rezende Ramos, André Victor Queiroz Borges de Melo, Antonio Elias Oliveira de Sousa