14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR SEPSE: NORDESTE E BRASIL (2012-2016)

Fundamentação/Introdução

A sepse é uma síndrome clínica caracterizada pela presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta desregulada do organismo à infecção. Está entre as principais causas de morte em pacientes críticos no Brasil, sendo considerada um dos grandes desafios da medicina na atualidade.

Objetivos

O estudo visa compreender melhor a prevalênia da mortalidade por sepse no Nordeste e no Brasil.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo observacional, analítico, do tipo ecológico, realizado a partir de dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sobre a por sepse no Nordeste e no Brasil, referente ao período de 2012 a 2016. As variáveis analisadas foram o número de internações, de óbitos, a taxa de mortalidade, bem como as respectivas faixas etárias e o sexo. A análise dos dados foi descritiva, com abordagem quantitativa.

Resultados

O número total de internações por sepse apresentou um aumento no período considerado, tanto na Região Nordeste (elevação de 42%), bem como considerando todas as regiões brasileiras (elevação de 28%). Já o número de óbitos teve um aumento de aproximadamente 100% no Nordeste e de 40% no Brasil. Em relação à taxa de mortalidade por sepse, considerando o total de internações, em todas as regiões do País o maior valor foi verificado na Região Sudeste (49,05%), seguida da Região Centro-Oeste (45,23%). No Nordeste, os estados com maiores taxas foram Sergipe (57,31%) e Ceará (49,81%). No que se refere à taxa de mortalidade por faixa etária, tanto na região Nordeste quanto no Brasil, foi maior em pessoas com mais de 80 anos, com valores correspondentes respectivamente a 66,59% e 67,32%. Em relação ao sexo, considerando o total de internações no período analiado, a taxa de mortalidade por sepse foi maior em pessoas do sexo feminino, com 41,22% no Nordeste e 45,47% no Brasil. Contudo, os números totais mostram que em ambos os sexos a mortalidade é semelhante.

Conclusões/Considerações finais

Verifica-se um constante aumento tanto do número de internações quanto da mortalidade por sepse no período em questão, principalmente na população mais idosa, em ambos os sexos. Torna-se imprescindível, como base do manejo do paciente em sepse, um diagnóstico e tratamento precoces, a fim de que sejam reduzidos os impactos econômicos e sociais gerados por essa complexa síndrome clínica.

Palavras Chaves

Sepse. Mortalidade. Epidemiologia

Área

Clínica Médica

Instituições

FACULDADE SANTA MARIA - Paraíba - Brasil, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Paraíba - Brasil

Autores

PAULO SOARES DE ANDRADE FILHO, VICTOR EMANUEL PEREIRA FERREIRA, THAÍS BERNARDINO LIMA, ANTONIO VITURIANO DE ABREU NETO, FRANCISCO GEYSON FONTENELE ALBUQUERQUE