14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO E AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM CANCER DE CABEÇA DE PÂNCREAS EM UNIDADE DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA CLINICA DO SUL DA BAHIA

Fundamentação/Introdução

O câncer de pâncreas (CAP) origina-se em 95% dos casos na sua porção exócrina, denominando-se adenocarcinoma ductal, com cerca de 70% desses acometendo a porção da cabeça do pâncreas. Acomete preferencialmente os pacientes idosos, com idade entre 70 e 80 anos, sendo raro antes dos 40-50 anos. Ė mais comum no sexo masculino, negros e em descendentes judaicos. Idade avançada e tabagismo estão entre os principais fatores de risco para a doença, além da predisposição genética.

Objetivos

Descrever o perfil clinico-epidemiológico e o prognóstico de pacientes diagnosticados com CAP em Serviço de Referência em Oncologia Clinica do Sul da Bahia

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo agregado, observacional, transversal e quantitativo de modo a analisar os prontuários correspondentes a todos os pacientes com diagnóstico de câncer de cabeça de pâncreas atendidos nos últimos 10 anos em Serviço de Referência em Oncologia do Sul da Bahia.

Resultados

A distribuição por sexo foi de quatro mulheres (67%) e dois homens (33%). A idade variou de 60 a 83 anos, média (71,6 anos ±8,7 DP). No momento do diagnóstico, cinco pacientes (83,3%) apresentavam dor abdominal, quatro (66,7%) com perda de peso significativa, um (16,7%) com icterícia e prurido. Nenhum dos pacientes apresentava náuseas/vômitos, diarreia ou vesícula palpável. Em relação ao estadiamento, cinco pacientes (83,3%) apresentavam tumor irressecável (EC VI) no momento do diagnóstico, sendo submetidos a quimioterapia paliativa. Um paciente (16,7%) foi submetida à Cirurgia de Whipple e quimioterapia. Em relação ao prognóstico, cinco pacientes apresentavam implantes metástaticos ao diagnóstico. Todos os seis pacientes evoluíram para óbito em menos de 3 anos.

Conclusões/Considerações finais

O CAP ainda hoje apresenta baixas taxas de sobrevida. Sua baixa incidência e difícil localização (retroperitonial) contribuem para o diagnóstico tardio. A idade avançada é o mais importante fator demográfico a ser considerado no câncer de cabeça de pâncreas, sendo a média de idade nesse estudo de 71,6 anos, corroborando com a literatura, com as mulheres apresentando idade mais avançada ao diagnóstico que os homens. Além disso, a prevalência do tumor foi maior nas mulheres (2:1), em desencontro com a literatura que aponta maior prevalência em homens. Dor abdominal e emagrecimento foram os sintomas predominantes nos pacientes desse estudo. Conclui-se, que o CAP é um tumor agressivo, relacionado a idade avançada, de difícil diagnostico e tratamento e que apresenta baixa sobrevida média/elevada mortalidade.

Palavras Chaves

Pâncreas, Neoplasia, Oncologia

Área

Clínica Médica

Instituições

Unidade de Quimioterapia da Santa Casa de Misericordia de Itabuna - Bahia - Brasil, Universidade Estadual de Santa Cruz - Bahia - Brasil

Autores

Jacqueline de Freitas Nascimento, Jordian Jorge Pinheiro, Debora Zolet Boneta, Juan Lopes Vieira Dourado, Eduardo Kowalski Neto