14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Manejo do Tratamento Endovascular em Porções Extracranianas de Artéria Carótida Interna com Estenose

Fundamentação/Introdução

A estenose de carótida extracraniana possui relação com a doenças de importante morbidade como a doença arterial coronariana e o ataque isquêmico transitório. Enormes avanços no campo das ciências endovasculares, nos últimos 10 anos, também permitiram a abordagem e o tratamento da doença aterosclerótica carotídea por uma via de menor morbidade e de eficácia comparável como é o tratamento endovascular.

Objetivos

Avaliar o perfil dos pacientes e as características de estenoses extra-cranianas tratadas com angioplastia em serviço de referência de neurocirurgia em Blumenau – SC.

Delineamento/Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo observacional de 1228 casos consecutivos de estenose ateroesclerótica, pela revisão de prontuários médicos de serviço de Neurocirurgia de Blumenau, no período entre janeiro de 2005 a abril de 2017.

Resultados

Foram abordados 1228 pacientes com estenose de artéria carótida interna em porção extra-craniana. A idade média dessa amostra foi de 69,88 anos, o sexo predominante foi o masculino com 64,35% e o lado mais encontrado foi o esquerdo com 52.61%. Houve tratamento bilateral em 20,11% dos casos. Em relação a sintomatologia do paciente, acidente vascular cerebral isquêmico esteve presente em 42,67% , seguido por 35,02% que apresentaram tontura. Acidente vascular isquêmico transitório esteve presente em 17,75% , e cefaléia em 7,57%. As comorbidades mais frequentes foram hipertensão arterial sistêmica em 94.71%, seguido por dislipidemia em 94,22% dos casos, cardiopatia em 25,49%, tabagismo em 24,45% e menos frequente diabetes mellitos tipo II em 19.54%. Dos pacientes tratados a maioria apresentava estenose de até 70%, sendo 38,44%; em segundo lugar ficaram as estenoses entre 70% e 90% com 37,79% dos casos; e 23,78% dos pacientes apresentaram estenose crítica, acima de 90%. Em 6,84% dos casos apresentaram oclusão contra-lateral, e 5,45% dos casos apresentaram dissecção da artéria em questão.. Em relação ao tratamento, 98,69% dos casos foram tratados com acesso femoral. A taxa de morbimortalidade foi de 1,87%, sendo óbito em 0,24%, AVC isquêmico em 0,98%, AIT em 0,41% e oclusão do stent em 0,24% dos casos.

Conclusões/Considerações finais

Foram encontrados dados correspondentes aos encontrados na literatura. A baixa taxa de morbimortalidade demonstra que o tratamento endovascular vem constituindo-se como seguro e eficaz para o acidente vascular cerebral isquêmico.

Palavras Chaves

Endovascular; estenose; artéria carótida interna.

Área

Clínica Médica

Autores

Natália Tozzi Marques, Leandro José Haas, Liz Caroline Camilo, Letícia Saori Tutida, Marina Piquet