14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Teste da Levodopa: ferramenta útil no diagnóstico clínico da Doença de Parkinson.

Fundamentação/Introdução

O teste da levodopa consiste em uma estratégia de suporte importante para estabelecer o diagnóstico de Doença de Parkinson (DP), sobretudo se a resposta for dramática. A bradicinesia e a rigidez são as principais desordens que respondem após a administração do fármaco.

Objetivos

Relatar o caso de um paciente internado para investigação de síndrome parkinsoniana e demonstrar o uso do teste da levodopa como ferramenta de auxílio diagnóstico de DP.

Delineamento/Métodos

M.F.S, masculino, 61 anos, diabético tipo II, procurou hospital universitário com fraqueza, rigidez e parestesia nos dedos da mão direita há 4 meses. O quadro evoluiu para a mão esquerda e disfonia. Informou caráter ascendente e bilateral da fraqueza, trazendo dificuldades como escovar os dentes. Além disso, referiu o mesmo sintoma na região da cintura pélvica que dificultava o ato de levantar da cama. À ectoscopia foi notada hipomimia facial, bradilalia e bradpsiquismo. No exame neurológico foi observado bradicinesia, com predomínio em membros superiores, evidenciado por testes como movimentos de abertura e fechamento das mãos. Havia ainda, rigidez em roda dentada assimétrica, marcha de pequenos passos, aliada à festinação e protrusão de cabeça e tronco.

Resultados

O paciente apresentava clara evidência de parkinsonismo, cuja principal hipótese diagnóstica aventada foi de DP. No intuito de corroborar o diagnóstico, the Movement Disorder Society (MDS) propõe critérios que aumentam a confiança no diagnóstico de DP. Um deles é a avaliação dos sintomas parkinsonianos usando a parte III do escore motor MDS-Unified Parkinson Disease Rating Scale (UPDRS) antes e depois de uma dose de levodopa. O teste dopaminergico é considerado positivo se houver uma melhora na pontuação do escore na faixa de 15 a 30% ou mais, uma hora posterior a administração de 250 mg de levodopa. Após a medicação, o paciente apresentou melhora marcante, de aproximadamente 72% nos testes de bradicinesia, rigidez, agilidade e amplitude de movimentos. O paciente foi conduzido à alta hospitalar, com prescrição de levodopa, apresentando melhora da sintomatologia e encontra-se em acompanhamento ambulatorial.

Conclusões/Considerações finais

O caso relatado reascende a discussão do teste dopaminérgico como estratégia útil ao diagnóstico de DP. Embora adotado em poucos casos, quando bem executado e em pacientes adequadamente selecionados, aumentam a confiança diagnóstica para início da terapêutica adequada.

Palavras Chaves

Levodopa, Parkinsonismo, Doença de Parkinson.

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

ANTONIO FELICIANO FATORELLI, EDUARDO MONTANARI MAJEROWICZ, BRUNO CEZARIO COSTA REIS, PEDRO FELIPE DE ALMEIDA VIANNA, ARTHUR FERNANDES CORTEZ