14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Hemodiálise e qualidade de vida: estudo exploratório descritivo com pacientes atendidos no serviço de Hemodiálise no maior centro hospitalar da cidade de Montes Claros-MG.

Fundamentação/Introdução

A hemodiálise, com o aumento da expectativa de vida e maior prevalecia das doenças renais, vem ganhando cada vez mais espaço na terapia com pacientes renais crônicos. Apesar de aumentar a sobrevida dos pacientes, muitas vezes não restaura a sua saúde de forma plena, reduzindo assim a qualidade de vida destes no período durante ou após o procedimento.

Objetivos

Analisar a qualidade de vida de pacientes hemodialíticos no maior centro hospitalar da cidade de Montes Claros.

Delineamento/Métodos

Foi realizado um estudo exploratório descritivo com pacientes atendidos no serviço de Hemodiálise do maior Hospital de Montes Claros-MG. A obtenção dos dados foi feita através da aplicação de dois questionários em um grupo de 126 pacientes, sendo um Sócio-Demográfico-Ocupacional e outro sobre qualidade de vida (SF-36) no período de abril a julho de 2016.

Resultados

Constatou-se que dos 126 pacientes entrevistados, 73 (57,9%) destes eram do sexo masculino, com idade predominante na faixa entre 60-70 anos (31,7%) e 40-50 anos (18,2%) e em sua maioria com renda familiar entre 1 a 4 salários mínimos compreendendo 65,9% do total. A maioria dos pacientes (74%) apresentou tempo de tratamento hemodialítico inferior a 10 anos. Relacionado ao questionário SF-36, o escore médio das dimensões avaliadas com os menores valores apresentados foram as limitações por aspectos físicos (35,6) e a capacidade funcional (44,9), mostrando que apesar de aumentar o tempo de sobrevida dos pacientes, o tratamento com hemodiálise, normalmente não diminui o impacto negativo causado na vida destes. Os maiores escores foram os aspectos sociais (69,4), mostrando a consonância com o questionário sócio demográfico (renda familiar), e saúde mental (68,3), evidenciando um sentimento de conformidade com seu estado de saúde. Os aspectos físicos (35,6), vão evidenciar que apesar de aumentar o tempo de sobrevida dos pacientes, a hemodiálise normalmente não diminui o impacto causado na vida destes. A vitalidade (54,8) tem correlação negativa quando comparada com a idade, visto que mais da metade dos pacientes avaliados são idosos. O mesmo pensamento pode ser atribuído para os domínios de dor (42,3), limitação por aspectos emocionais (62,7) e capacidade funcional (44,9).

Conclusões/Considerações finais

Este estudo demonstrou que, apesar da necessidade do tratamento, existe um evidente comprometimento da qualidade de vida dos pacientes em que são submetidos a hemodiálise, principalmente quando associados a duração do tratamento e o avançar da idade.

Palavras Chaves

Hemodiálise. Qualidade de vida. Impacto social.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros - FIPMoc - Minas Gerais - Brasil

Autores

THIAGO ARAÚJO MAGALHÃES, MURILO MALTA BATISTA, RAFAEL EFRAIM NOBRE, LIDIANNE FROTA LACERDA MOTA, CARLOS EDUARDO MENDES D'ANGELIS