14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Megaesôfago idiopático com manifestações atípicas: Relato de caso.

Fundamentação/Introdução

O megaesôfago é caracterizado por distúrbio motor do esôfago, com aperistalse do corpo esofágico, acalásia do esfíncter inferior, decorrente da redução de plexos nervosos intramurais, e aumento do órgão. Apresenta disfagia e tosse como sintomas mais frequentes. A segunda causa mais comum de acalasia é idiopática e pode estar relacionada a distúrbios autoimunes, genéticos ou infecção viral. Objetivos: analisar o quadro clínico de paciente portador de megaesôfago idiopático.

Objetivos

analisar o quadro clínico de paciente jovem portador de megaesôfago idiopático e com várias manifestações atípicas, atendido em uma unidade básica de saúde.

Delineamento/Métodos

realizou-se um relato de caso a partir de prontuário médico e exames complementares do paciente, acrescido de nova anamnese e exame físico. Para o referencial teórico, foram selecionados artigos de bases de dados datados de 2009 a 2016 e livros de gastroenterologia

Resultados

E.V.N., masculino, 17 anos, com queixa de tosse persistente há cerca de oito meses, agravada ao deitar-se e após alimentar-se. Iniciou antibioticoterapia nos primeiros dias, sem sucesso terapêutico. A radiografia de tórax e a espirometria realizados não apresentaram alterações. Modificou-se a estratégia terapêutica em função da queixa de tosse após a alimentação, introduzindo-se um medicamento procinético, com melhora do quadro. A tomografia de tórax realizada apresentou achados pulmonares sugestivos de pneumopatia aspirativa e presença de megaesôfago contendo material em estase, de etiologia desconhecida, com suspeita de doença de chagas, descartada pela imunofluorescência e ELISA para Trypanosoma Cruzi. O megaesôfago foi confirmado pela Radiografia do Esôfago, Estômago e Duodeno (REED) e endoscopia com pesquisa de H. Pylori positiva. A análise anatomopatológica da biópsia revelou presença de gastrite crônica leve. À manometria esofágica, constatou-se a presença de acalasia do esfíncter inferior do esôfago e aperistalse do corpo esofágico. O paciente foi encaminhado à cirurgia corretiva.

Conclusões/Considerações finais

Considerando a escassez de informações na literatura, o presente relato auxilia o profissional de saúde em sua conduta para diagnosticar e tratar, conhecendo a evolução e o prognóstico do megaesôfago idiopático.

Área

Clínica Médica

Autores

Mariano fagundes neto soares , Brenda ferreira rocha, gustavo carvalho de matos , Higor Rabelo Guedes , Luciana Tonette Zavarize