Título

Crise renal esclerodérmica

Fundamentação/Introdução

A Crise Renal Esclerodérmica (CRE) é a forma mais incomum e grave de envolvimento renal que pode ocorrer na Esclerodermia Sistêmica. É caracterizada pelo aumento repentino da pressão arterial sistêmica e falência renal aguda.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente feminina de 53 anos com crise renal esclerodérmica.

Delineamento/Métodos

Paciente com doença renal crônica não dialítica interna por quadro de hipertensão de difícil controle a despeito de terapia anti-hipertensiva otimizada e insuficiência cardíaca descompensada. Admitida em UTI, persistia hipertensa, necessitando de drogas vasoativas para redução dos níveis pressóricos. Ao exame além de hipertensão arterial de difícil controle notaram-se sinais de esclerose cutânea em quirodáctilos, levando a suspeita de esclerodermia, confirmada por biópsia. Após biópsia cutânea de quirodáctilos confirmar o diagnóstico de esclerodermia foi iniciado tratamento com captopril para crise renal esclerodérmica, porém, a despeito de melhora inicial, paciente persistiu com hipertensão de difícil controle e evoluiu com necessidade de terapia substitutiva rena.

Resultados

Não existe um padrão-ouro para o diagnóstico da CRE, porém os achados clínicos mais comuns são falência renal aguda, hipertensão de difícil controle e consequente falência de órgãos. A mortalidade é aumentada quando a CRE apresenta-se sem níveis pressóricos severamente elevados e apenas com uma discreta elevação da pressão arterial quando comparada com a basal. Aproximadamente 10% a 19% dos pacientes com Esclerodermia apresentam CRE, sendo que esta pode ser a manifestação inicial e é uma das complicações mais fatais da doença.

Conclusões/Considerações finais

A Crise Renal Esclerodérmica é uma das complicações viscerais dentre diversos outros tipos causada pela Esclerose Sistêmica. Mesmo que não seja um acometimento comum, é considerado um dos mais fatais da doença.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica