14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PREVALÊNCIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO ESTADO DE SERGIPE

Fundamentação/Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) gera alto impacto em termos de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Entre os vários fatores de risco para hipertensão, a etnia revela maior número de casos em indivíduos de cor negra. O Brasil é a segunda maior nação de negros no mundo. A população de pretos e pardos no Brasil corresponde a 50,7% dos habitantes, e destes, 40% são hipertensos. As comunidades quilombolas são grupos vulneráveis dentro da população de pardos e negros pois a desigualdade socioeconômica e baixa escolaridade são fatores que dificultam a identificação e controle de doenças crônicas como HAS.

Objetivos

Analisar o número de indivíduos com hipertensão arterial sistêmica relacionado com a cor negra em três comunidades quilombolas do estado de Sergipe.

Delineamento/Métodos

Trata-se de estudo transversal, quantitativo, realizado com 72 indivíduos, residentes em comunidades quilombolas do município de Capela denominadas de Pirangy, Canta Galo e Terra Dura, localizadas no estado de Sergipe, região nordeste do Brasil. Foram coletados dados através da aferição da pressão arterial sistêmica de forma sistemática e seguindo a preconização da Sociedade Brasileira de Hipertensão (2016). Para análise dos dados, foi utilizado o programa estatístico Stata, versão 14. Os dados foram apresentados em porcentagens e desvio padrão (DP). Os critérios de inclusão foram pessoas cadastradas como quilombolas residentes das comunidades de Capela, com idade > 18 anos. Os critérios de exclusão: Pessoas não cadastradas como quilombolas e membros superiores amputados.

Resultados

Nesta análise foi perceptível que a média de idades nas três comunidades quilombolas variou de 56,5%; 34,22%; 41,64% (DP:18,31, DP:14,35, DP:14,33). O sexo feminino foi o que apresentou maior quantitativo de hipertensos nas comunidades 54,55%, enquanto os homens 45,5%. A média da pressão arterial sistólica foi 136,86%; 123,17%; 121,37% e da pressão arterial diastólica 84,1%; 79,61% e 77,48%. Com relação a atuação da equipe de saúde da atenção primária nestas comunidades, dos entrevistados 65% responderam que os mesmos oferecem todo o suporte e orientações cabíveis para cada caso.

Conclusões/Considerações finais

O presente estudo apresentou valores relevantes da prevalência de HAS nas comunidades. E percebeu-se que a atenção primária é bem atuante, o que influência diretamente na promoção e prevenção da saúde.

Palavras Chaves

Prevalência; Hipertensão Arterial Sistêmica; Comunidades Vulneráveis.


Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

Louise Náder Santos Silva, Deyse Mirelle Souza Santos, Bárbara Allana Ferrreira Cabral, Cristiane Costa Cunha Oliveira, Marcos Antonio Almeida -Santos