Avaliação do atendimento de pacientes com suspeita de síndromes coronárias agudas com base em protocolo e algoritmo específico.
A dor torácica é uma das principais queixas nos serviços de urgência e inúmeros esforços são feitos para melhorar a conduta frente a esse paciente, principalmente na vigência de uma síndrome coronária aguda (SCA). Uma medida eficaz é a implementação de protocolos que levam em consideração metas de eficácia e qualidade no atendimento estabelecido por diretrizes específicas.
Analisar a eficácia do atendimento de pacientes com suspeita de SCA na emergência de um hospital de referência do Estado de Goiás, por meio de formulário específico de um protocolo de dor torácica.
Estudo descritivo, observacional, retrospectivo, que incluiu pacientes consecutivos atendidos no pronto socorro do Hospital Evangélico Goiano, no período de outubro de 2015 a março de 2016, com queixa de dor torácica. A amostra utilizada na avaliação proposta pelo projeto já foi atendida, conforme protocolo já instituído pela equipe assistente do Pronto Socorro do hospital, no momento da coleta de dados. Por meio de análise dos formulários foram pesquisados índices de eficácia de atendimento determinados pelas diretrizes atuais, nacionais e internacionais.
No total foram avaliados 175 pacientes com idade média de 56,3 ± 15,9, e 61% homens. A média do tempo porta-ECG foi de 5,8 (± 10,7) minutos e a do tempo ECG-laudo foi de 6,4 (± 9,7) minutos. Em relação ao diagnóstico da dor torácica, 96 pacientes (54,9%) foram diagnosticados com SCA e 79 (45,1%) tiveram o diagnóstico de dor não isquêmica. Entre os pacientes com SCA, o tempo porta-ECG teve média de 4,5 (± 5,1) minutos e o tempo médio ECG-laudo foi de 6,8 (± 11,6) minutos. AAS foi administrado em 93,8% dos pacientes e o Clopidogrel em 91,7%. O tempo Porta-Balão, para os pacientes SCA com supra de ST foi de 90,9 (± 37,4) minutos. A maior parcela dos pacientes evoluiu com alta hospitalar (91,7%), e a mortalidade intra-hospitalar foi de 8,3%. Nas análises multivariadas, apenas a FC foi fator de risco independente para óbito intra-hospitalar, aumentando o risco em 7% para cada 1 batimento por minuto (bpm) acima de 100 bpm. Já os homens apresentaram risco 90% menor de morte quando compa rados com as mulheres.
Embora as características da população atendida e do atendimento ao paciente com SCA se assemelhe aos de outros registros nacionais, pode-se verificar oportunidades de adequação para que esta assistência esteja totalmente dentro das metas preconizadas pelas diretrizes atuais.
síndrome coronariana aguda/ infarto do miocárdio, angioplastia, tempo para o tratamento/prognóstico.
Clínica Médica
UniEvangélica - Goiás - Brasil
Jéssica Sabrina Bezerra Menichele, Felipe Augusto Alves De Carvalho, Maria Clara Tertulino, Frinye Regina de Moraes Santos, Ana Lara Faleiro De Carvalho