APLASIA CUTIS CONGÊNITA: RELATO DE CASO
INTRODUCAO: Ausência de formação completa da pele ao nascimento, se mostrando como uma ferida ulcerada na linha mediana do couro cabeludo, podendo atingir o periósteo, crânio e dura-máter.
OBJETIVO: Relatar o caso de um recém-nascido, a termo, que ao exame em sala de parto apresentou à inspeção, uma lesão ulcerada, hiperemiada com crosta única, pequena, em região mediana de sutura sagital, sendo levantada a hipótese diagnóstica de Aplasia cutis congênita (ACC), uma entidade rara e ainda com necessidade de estudos que auxiliem na padronização do tratamento.
DESCRIÇÃO DO CASO: Recém nascido (RN), masculino, a termo, nascido com 39 semanas de idade gestacional, de parto cesáreo eletivo, sem intercorrência durante a gestação, mãe GII PI AI (1 aborto espontâneo na 9ª semana de gestação) ,com pré-natal adequado e pesquisa de Torchs negativa.
Ao nascimento, pesava 2.970g, com perímetro cefálico de 31cm, Apgar 9/9, no primeiro e quinto minuto, respectivamente. A placenta apresentava-se sem alteração à inspeção pós-parto. Ausência de intercorrências na sala de parto. Ao exame em sala de parto apresentou à inspeção, uma lesão ulcerada, hiperemiada com crosta única, de medida 2cm x 2cm em região mediana de sutura sagital, sendo levantada a hipótese diagnóstica de aplasia cutis congênita.
A criança seguiu sob aleitamento materno exclusivo e sem outras intercorrências. Foi então submetido à ultrassonografia transfontanela com doppler no 2º dia de vida, a qual não demonstrou alterações, posteriormente investigado alteração óssea com uma radiografia de crânio, que também não observou-se alteração. Seguido com investigação para outras malformações: ultrassom abdomen total, ecocardiograma, ultrassom lombo-sacra e radiografia de coluna cervical, torácica e lombar, todos sem alterações.
Após 45 dias da data do nascimento, observou-se saída espontânea da crosta e melhora da hiperemia, permanecendo lesão com aspecto cicatricial (Alopécia).
CONCLUSÃO: Como a ACC é uma entidade rara, a padronização da terapêutica ainda não é muito consensual. Percebe-se a necessidade de estudos que abordem esse tema para melhora de tal padronização e conhecimento entre os profissionais de saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Aplasia cutis congênita, aplasia cutis, alopécia.
Clínica Médica
Hospital e Maternidade São José - Espírito Santo - Brasil
Allana Kristina Borges Costa, Amanda Damázio Cabral, Gabriel Targa Pravato, Marcela Dalla Bernardina Fraga Toso, Stheffany Gomes Lima