Título

Perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de Carcinoma Diferenciado de Tireóide em Seguimento no ambulatório de Endocrinologia do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo – SP

Fundamentação/Introdução

O câncer de tireóide representa 2% a 5% do total de cânceres em mulheres e menos de 2% nos homens. O tipo histológico mais comum é o Adenocarcinoma papilífero, representando 50 a 80% dos casos, seguido pelos adenocarcinomas foliculares, 10 a 40%; e medulares, 5 a 15%. Os carcinomas diferenciados (CDT) tem bom prognóstico e alta taxa de sobrevida, chegando a 99,8% nos papilíferos localizados.

Objetivos

Identificar faixa-etária e gênero mais prevalentes. Apontar a prevalência dos tipos de CDT na população em estudo. Determinar o tamanho tumoral, extensão extra-tireoidiana, radioterapia e presença de metástases para outros órgãos. Estimar risco de recorrência individualmente para cada paciente no momento do diagnóstico.

Delineamento/Métodos

Estudo analítico descritivo retrospectivo, realizado através da análise e coleta de dados de 34 prontuários de pacientes com CDT, em acompanhamento no Serviço de Endocrinologia do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) de São Paulo, cadastrados no ambulatório no período de dezembro/2015 a junho/2016.

Resultados

A idade dos pacientes variou entre 25 e 84 anos ao diagnóstico, sendo 32 (94,11%) mulheres e apenas 2 homens (5,88%). O CDT folicular foi constatado em 5,88% dos pacientes, e o papilífero em 94,11%. Quanto ao tamanho tumoral, a maioria (41,17%) apresentou entre 1 e 2 cm ao diagnóstico, e apenas 1 tumor com tamanho > 4 cm. Todos foram tratados cirurgicamente. Em relação à radioiodoterapia (RI) pós-operatória, esta foi realizada em 55,88% dos pacientes. Extensão extratireoidiana foi encontrada em 4 pacientes (11,76%) da amostra. Foi identificada metástase para outros órgãos em 1 paciente, a qual ocorreu para o pulmão. No que diz respeito ao risco de recorrência do CDT no momento do diagnóstico, 73,4% apresentavam riscos baixo/muito baixo;17,64% risco intermediário e 5,88%, alto. Duas pacientes tiveram recidiva da doença.

Conclusões/Considerações finais

Em concordância com a literatura nacional, o CDT mais frequente deste estudo foi o subtipo papilífero, mais frequente em mulheres, com uma média de diagnóstico aos 51 anos. A grande maioria é de baixo risco estimado para recorrência, com a maior parte dos pacientes apresentando tamanho tumoral entre 1 e 2 cm ao diagnóstico. Mais de 50% foram submetidos à RI com bom prognóstico. Duas pacientes tiveram recidiva da doença; e 1 paciente em acompanhamento teve metástase para pulmão.