14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

RELAÇÃO DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E FATORES ANATÔMICOS EM TRABALHADORES DE TURNOS ALTERNANTES

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentação: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição multifatorial
causada por colapso faringiano repetitivo durante o sono, que é restaurado por
despertares recorrentes com a ativação simpática. A AOS apresenta consequências como o ronco, cefaleia, sono agitado, sonolência diurna excessiva, distúrbios cognitivos entre outros que representam impacto na vida social do indivíduo. Evidências científicas apontam a relação da AOS com alterações anatômicas craniofaciais, porém, são poucos os estudos realizados em trabalhadores de turnos.

Objetivos

Objetivos: Verificar a relação entre AOS e as alterações anatômicas em trabalhadores em turnos alternantes da Região dos Inconfidentes, Minas Gerais.

Delineamento/Métodos

Delineamento/Métodos: Estudo transversal realizado com 127 operadores de máquina, do sexo masculino com pelo menos três fatores de risco clássicos para doenças cardiovasculares. Foram obtidos dados clínicos e realizados exame de polissonografia, e classificados com presença de AOS quando o índice de apneia/hipopneia for leve (IAH > 5 e ≤ 15) e moderada/grave (IAH >15). Sendo as variáveis classificadas como normal ou ogival para palato; presença ou ausência de ronco; sono reparador ou não reparador e posicionamento mandibular normal ou alterado. Para verificar a relação da AOS com a qualidade do sono, ronco, posicionamento mandibular, Classificação Mallampati e alterações no palato utilizou-se o Teste de Mann-Whitney. As análises foram realizadas no software SPSS considerando p<0,05.

Resultados

Resultados: Os 100 trabalhadores de turno avaliados com AOS apresentaram idade média de 38 anos variando entre 25 e 57 anos. Destes indivíduos com apneia, 41,2% apresentaram AOS leve e 42,9% AOS moderada/grave. Além disso, a AOS apresentou relação significativa com todas as variáveis analisadas ( p=0,001).

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: As evidências atuais sugerem que as alterações craniofaciais podem desencadear o quadro de AOS, refletindo assim, no rendimento diário e na vida social do paciente, tendo em vista que os roncos e os sonos não reparadores podem propiciar, a longo prazo, sonolência excessiva e déficit cognitivo. Portanto, são necessários mais estudos populacionais para provar a relação concisa da AOS com as alterações craniofaciais a fim de reduzir os subdiagnósticos e elevar a qualidade de vida.

Área

Clínica Médica

Instituições

UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto - Minas Gerais - Brasil

Autores

Polyana Almeida Barbosa, Amanda Popolino Diniz, Bárbara Luísa Coraspe Gonçalves, Gleizer Richardi Paro Garrido, Fausto Aloísio Pedrosa Pimenta