Tratamento conservador de Colite Isquêmica em paciente renal crônico em terapia dialítica.
A colite isquêmica é um processo inflamatório sendo o mais frequente de natureza vascular não oclusiva do intestino grosso, com alto índice de mortalidade, não só pela doença em si como pela idade avançada dos pacientes. Sendo assim, é importante fazer um diagnóstico precoce devido à sua grande relevância no prognostico e evolução do paciente.
Relatar um caso de tratamento conservador para colite isquêmica em paciente com doença renal crônica, enfatizando o contexto e a melhora clinica significativa.
Utilizado um método qualitativo, baseado em uma análise descritiva básica da história clínica de uma paciente, caracterizando um estudo de caso.
Feminino, 51 anos, do lar, residente em colinas do Tocantins, diabética, Hipertensa, dá entrada na emergência com quadro de edema em membros inferiores (MMII) e dor em região lombar. Nesta ocasião foram solicitados exames que constataram doença renal crônica. A paciente foi então internada e iniciado o tratamento de hemodiálise. Após 15 dias, a paciente evolui com dor em hipocôndrio e flanco esquerdo, de forte intensidade, em pontada, constante, sem fator de melhora, associada a vômitos e calafrios. Ao exame físico: abdome globoso, flácido, doloroso à palpação superficial e profunda difusamente, sem visceromegalias. Foi então solicitado colonoscopia que evidenciou ulceração rasa de aspecto necrótico escurecida em mucosa por 25 cm em cólon ascendente. O laudo histopatológico, evidenciou focos de erosão compatível com colite isquêmica. O tratamento instituído, feito de forma conservadora com dieta adequada, uso de omeprazol 40 mg/VO/1x ao dia, ranitidina 50 mg/EV/8 em 8h, bicarbonato de sódio 8,4% 30ml/EV, metildopa, alodipino, furosemida, carbonato de cálcio 500mg/VO/12 em 12h, insulina NPH, marevan 5mg/1cp/VO/dia. Paciente evolui com melhora clínica, permanecendo sem queixas.
Colite isquêmica é uma patologia mais frequente na terceira idade, onde geralmente estão presentes algumas doenças, entre elas a insuficiência renal crônica. A insuficiência renal crônica é um fator de risco que merece relevância em pacientes com colite isquêmica, pois está associado a pior prognóstico e cursa com uma abordagem cirúrgica. Apesar disso, a abordagem por meio da terapêutica conservadora se fez eficaz neste caso.
Colite Isquêmica; Doença Renal; Terapêutica Conservadora;
Clínica Médica
Tássylla Caroline Ferreira Pereira, João Victor Cardoso Araújo Gonzaga, Juliana Gundim Barros Guimarães, Igor de lima Jadjiski, Gustavo Gonçalves Martins de Oliveira