14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Insuficiência Cardíaca e associação a Fatores de Pior Prognóstico em Ambulatório de Clínica Médica em Santa Rita-PB

Fundamentação/Introdução

A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome que ocorre em pacientes que, por alguma anormalidade herdada ou adquirida na estrutura e/ou função cardíaca, desenvolvem um conjunto de sinais e sintomas clínicos. Existem situações clinicas, como anemia, insuficiência renal crônica e hiponatremia, que podem se associar a pior desfecho na IC.

Objetivos

Nosso objetivo com esse estudo é buscar alguma associação entre pacientes com IC em seguimento ambulatorial e variáveis laboratoriais como creatinina, hemoglobina e sódio sérico. Observamos também a relação de IC e essas mesmas variáveis com idade, sexo, diabetes mellitus, tabagismo, hipertensão e fração de ejeção no ecocardiograma transtorácico.

Delineamento/Métodos

Estudo transversal observacional realizado entre os meses abril e maio de 2017, por coleta de dados de 58 prontuários de pacientes em consulta ambulatorial de clínica médica, em Santa Rita-PB. Registrou-se a fração de ejeção no ecocardiograma, hemoglobina, creatinina, sódio, idade, sexo, se portador de hipertensão, diabetes e se fazia uso de tabaco.

Resultados

As idades variavam de 43 a 95 anos, com média de 68,36 anos. Os dados relativos a sexo, faixa etária, as comorbidades hipertensão e diabetes e o hábito de tabagismo foram respectivamente, 51,7% sexo masculino, entre 60 a 79 anos 44,8%, 72,45%, 31,0% e 39,7%. 53,4% tinham fração de ejeção inferior a 50,0%, 86,2% com sódio igual ou superior a 135; a hemoglobina foi abaixo de 12 para aproximadamente 1/3 (32,8%) do grupo; o percentual de pesquisados com creatinina igual ou superior a 1,4% foi 10,3%. Na fração de ejeção menor que 50% (homens 58,3%, p=0,721; entre 60 e 79 anos 65%, p=0,186; normotensos 60%,p=0,739; diabéticos 75%, p= 0,074; não fumantes 57,6%, p= 0,824, sódio maior que 135 mg/dl 61,3%, p= 0219; hemoglobina menor que 12 mg/dl 75%, p=0,09 e creatinina maior ou igual 1,4 mg/dl 44,9%,p=0,624) e para fração de ejeção maior ou igual a 50% ( mulheres 46,2%, p=0,721; entre 80 a 95 anos 64,3%, p=0,186; hipertensos 45%, p=0,739; não diabéticos 51,3%, p= 0,074; fumantes 45,5%, p=0,824; sódio menor que 135 mg/dl 66,7%, p= 0,219; hemoglobina maior ou igual 12 mg/dl 50%,p=0,09 e creatinina menor 1,4 mg/dl 44,9%, p=0624).

Conclusões/Considerações finais

Em conclusão, os fatores prognósticos que mais se aproximaram de significado estatístico em nossos pacientes com IC foram o diabetes e a anemia em pacientes com baixa fração de ejeção. Nos pacientes fumantes observamos um maior predominio de doentes com hemoglobina normal.

Palavras Chaves

Insuficiência cardíaca; diabetes; anemia.

Área

Clínica Médica

Autores

CAROLINNE RIBEIRO COUTINHO MADRUGA, ALEXANDRE TARGINO GOMES FALCAO FILHO, IGOR SOUZA PESSOA DA COSTA, FERNANDO JOSE LIANZA DIAS FILHO, GEORGE ROBSON IBIAPINA