14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Trombose venosa cerebral e a dificuldade para o diagnóstico precoce: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

Introdução:
A trombose venosa cerebral (CVT) é uma causa incomum de acidente vascular cerebral, com maior incidência em adultos jovens. O diagnóstico é feito com exame de imagem, principalmente através da ressonância magnética.

Objetivos

Objetivo:
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de CVT, demonstrando a dificuldade do diagnóstico, por se tratar de uma causa rara, que pode ser dificultado quando o paciente apresenta outras comorbidades, como a miastenia gravis.

Delineamento/Métodos

Descrição do Caso:
Paciente do sexo feminino, 67 anos, natural do Rio de Janeiro, portadora de miastenia gravis. Procura atendimento emergencial devido à redução de força, hemiparesia à esquerda, confusão mental, cefaleia de forte intensidade e dispneia, há 24 horas. Apresenta-se confusa, obedecendo a comandos com lentidão, pontuação de 14 na escala de coma de Glasgow, pupilas isocóricas e fotorreagentes. Hemiparesia flácida e heminegligência à esquerda. Sem alterações da mímica facial, déficits oculares, palpebrais, ou alteração da fala. Paciente foi encaminhado para internação em unidade de terapia intensiva.

Resultados

A tomografia computadorizada de crânio evidenciou dois pequenos nódulos hiperdensos, localizados no centro semioval direito, o maior de 1,1 cm, e um semelhante subcortical frontal esquerdo, todos com tênue hipodensidade circundante. Aventou-se a possibilidade de sangue ou nódulo sólido.
As principais hipóteses diagnósticas são acidente vascular encefálico isquêmico ou descompensação do quadro de miastenia gravis. Durante a internação evoluiu com piora do estado geral, crises convulsivas subentrantes, com consequente intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Realizado ressonância magnética do crânio que constatou trombose venosa aguda e subaguda em seios sagital superior, reto, transverso e veias corticais, além de lesões vasculares com sinais de transformação hemorrágica em região frontal. Iniciado anticoagulação plena, com melhora do quadro, evoluindo com alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão:
Com a descrição deste caso podemos observar a dificuldade para o diagnóstico imediato de trombose venosa cerebral, sendo muitas vezes subdiagnosticada. Apesar de ser uma doença rara, o início precoce do tratamento é importante para diminuição dos riscos de complicações.

Palavras Chaves

Trombose venosa cerebral; Miastenia Gravis; Anticoagulação

Área

Clínica Médica

Autores

Bárbara Costa Bracarense, Maria Fernanda Nasser Amoedo, Sâmara Silva Stocco Melo, Luisa Adriana Almeida Antunes, Ana Paola Lavigne Safadi