Título

Tratamento por angioplastia de artéria coronária derradeira pela via radial em paciente com múltiplas comorbidades e risco cirúrgico impeditivo

Fundamentação/Introdução

Introdução: Pacientes com múltiplas comorbidades possuem risco alto de complicações relacionadas a Revascularização Miocárdica Cirúrgica (RM). A angioplastia coronária (ATC) pode ser uma opção de tratamento da doença arterial coronária (DAC) para pacientes com risco cirúrgico impeditivo.

Objetivos

Objetivo: Relato de caso de paciente com risco cirúrgico impeditivo, tratado por ATC pela via radial.

Delineamento/Métodos

Métodos: Relato de caso

Resultados

Descrição do Caso: Paciente do sexo masculino, 75 anos, com antecedentes pessoais de Hipertensão arterial, Miocardiopatia dilata de etiologia Isquêmica e Hipertensiva com fração de ejeção de 37%, Insuficiência Cardíaca Classe Funcional III (NYHA), angina estável Classe Funcional III (CCS), doença arterial carotídea obstrutiva com oclusão da carótida Interna Esquerda, Aneurisma da aorta abdominal corrigido por tratamento endovascular com prótese em 2012, DPOC, ex-tabagista com 27 anos/maço, Doença Renal Crônica Dialítica e DAC Triarterial grave com oclusão total das artérias Circunflexa e Coronária Direita, com Artéria Descendente Anterior (DA) derradeira com obstrução crítica de 95% envolvendo bifurcação com ramo diagonal. Paciente com sintomas de angina e dispneia para pequenos esforços, foi avaliado para RM e contra-indicada devido a risco cirúrgico impeditivo (EUROSCORE 2 com mortalidade estimada 10,37% e STS escore com mortalidade predita de 14,7%). Discutido caso em “Heart Team” e optado por ATC da artéria DA pela via radial direita. ATC feita com implante de dois stents farmacológicos, na bifurcação entre a artéria DA e ramo diagonal. Procedimento foi feito com anestesia local, pela via radial direita e resultado final considerado com sucesso. Paciente recebeu alta hospitalar após 24 horas do procedimento assintomático.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: Pacientes com múltiplas comorbidades e risco cirúrgico impeditivo para RM se beneficiam da discussão de “Heart Team” para escolha da melhor estratégia de tratamento para a DAC. Nesse contexto a técnica minimamente invasiva de ATC realizada pela via de acesso radial pode ser uma boa alternativa para pacientes de alto risco, minimizando chance de complicações.

Palavras Chaves

Doença arterial coronária, Angioplastia, Risco cirúrgico

Área

Clínica Médica